TEXTOS

Instituto São José

Texto trabalhado pela  professora Elizabeth Souque na disciplina de português.

O que é cidadania

Cidadania é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido. 
Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública. 
O direito de ter direitos é uma conquista da humanidade. Da mesma forma a anestesia, as vacinas, o computador, a máquina de lavar, a pasta de dente, o transplante de coração. 
Foi uma conquista dura. Muita gente lutou e morreu para que tivéssemos o direito de votar. E outros batalharam para você votar aos dezesseis anos. Lutou-se pela ideia de que todos os homens merecem a liberdade e de que todos são iguais diante da lei. 
Pessoas deram à vida combatendo a concepção de que o rei tudo podia porque tinha poderes divinos e aos outros cabiam obedecer. No século XVIII a rebeldia a essa situação detonou a Revolução Francesa, um marco na história da liberdade do homem. 
No mesmo ´sculo surgiu um país fundadona ideia de liberdade é fundado na ideia de liberdade individual:os Estados Unidos. Foi com esse projeto revolucionário que eles se tornaram independentes da Inglaterra.
Desde então, os direitos foram se alargando, se aprimorando, e a escravidão foi abolida. Alguém consegue hoje imaginar um país defendendo a importância dos escravos para a economia? 
Mas esse argumento foi usado durante muito tempo no Brasil. Os donos de terra alegavam que, sem escravos, o país sofreria uma catástrofe. Eles se achavam no direito de bater e até matar os escravos que fugissem. Nessa época, o voto era um privilégio: só podia votar quem tivesse dinheiro. E para se candidatar a deputado só com muita riqueza e terras. 
No mundo, trabalhadores ganharam direitos. Imagine que no século passado, na Europa, crianças chegavam a trabalhar até quinze horas por dia. E não tinham férias. 
Em 1948 surgiu a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), ainda na emoção da vitória contra forças totalitárias lideradas pelo nazismo, na Europa. 
Com essa declaração solidificou-se a visão de que, além da liberdade de votar, de não ser perseguido por suas convicções, o homem tinha direito a uma vida digna. É o direito ao bem-estar. 
A onda de direitos mudou a cara e o mapa do mundo neste final de milênio. Assistimos à derrocada dos regimes comunistas , com a extinção da União Soviética. Os países do leste Europeu converteram-se à democracia.
Na África do Sul, desfez-se o regime de segregação racial. A América Latina tão viciada em ditadores, viu surgir na década de 80 uma segregação de presidentes eleitos democraticamente.
(DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel. 5.ed. São Paulo: Ática, 1994) 



Escola Municipal de Ensino Fundamental Erlinda Minógio Vinadé
 Profª Maristela Dilly
Pré B1 
Educação Fiscal


Ser cidadão

Quem é o cidadão?
Cidadão somos todos nós.
O cidadão é aquele que contribui com o cuidado da sociedade através de seus impostos. Ele contribui para que tenhamos hospitais, postos de saúde, escolas, creches, ruas cuidadas, iluminação nas ruas cuidadas, iluminação nas ruas e tantas outras coisas para o nosso bem estar.
O cidadão também é aquele que não queima as matas evitando a poluição tanto do ar como dos rios e também a poluição da nossa cidade.
O cidadão também se preocupa com o consumo da água para que não haja desperdício e como energia para que não falte no futuro.
O cidadão também está preocupado com a saúde e agora com a dengue que está cada vez mais ser propaganda em Santa Maria.
O cidadão é o professor que ensina tudo isso com a ajuda da família para que no futuro tenhamos um mundo e uma cidade melhor.



Cidadania é fazer a nossa parte, e não só esperar pelo poder público

Carlos Costabeber, empresário
Gosto muito de caminhar, e durante muitos anos percorri diariamente as ruas da cidade. E como a maioria os caminhantes urbanos, sempre sofri com o péssimo estado de conservação das nossas calçadas.
Quando mudei para Camobi, senti um baque, pois não sabia o que era sentir “cheiro de esgoto”. Foi, e continua sendo, a minha maior decepção como morador desse importante bairro. Aliás, nada melhor para se conhecer uma cidade, do que peregrinar por suas ruas e calçadas.
Daí que descobri o óbvio: Santa Maria tem necessidades gigantescas; só que tem um Orçamento muito aquém do ideal. Por ser uma cidade basicamente de prestação de serviços, não tem o fator que mais agrega retorno de impostos: a indústria. Basta ver a relação entre o nosso Orçamento Municipal, e o de cidades do polo industrial gaúcho. Ou melhor: aqui vivenciamos uma situação surreal, pois o orçamento da UFSM é superior ao da própria cidade que a abriga. Pode?????
Então, se por um lado Santa Maria cresce de forma geométrica, e por consequência, a necessidade de mais e mais serviços públicos, a arrecadação tem um aumento apenas vegetativo.
Essa é a razão de sermos obrigados a conviver com tantas carências, como: falta de investimentos em mobilidade urbana, prédios pichados, capoeira tomando conta das sarjetas, ruas de chão batido, terrenos abandonados, mobiliário urbano mal conservado, lixo, sangas poluídas, calçadas esburacadas, falta de coleta seletiva coleta de lixo, animais abandonados, esgoto a céu aberto, buracos nas ruas, etc., etc., etc.
Obviamente, que aí entra um fator importantíssimo: a cultura e a educação da população. Fico triste em ver como somos omissos em melhorar a cidade em que moramos. Com o tempo, fomos nos acostumando com a situação, e sempre à espera de uma solução de parte do poder público municipal.
Mas o que custa pegar uma enxada, e limpar a sarjeta em frente da casa? em arrumar a calçada? plantar árvores? transformar o terreno baldio em uma horta coletiva? recolher adequadamente o lixo doméstico? não jogar o esgoto na sanga? limpar as pichações? plantar flores nas ruas e avenidas? manter a grama cortada? zelar pelo patrimônio público? não jogar lixo no chão? trocar uma lâmpada da rua, pintar a casa e arrumar o jardim, etc., etc., etc.,
se não mudarmos a nossa cultura e os nossos hábitos como cidadãos, jamais teremos uma cidade limpa, arrumada, moderna. Temos bons exemplos na região, como Santiago, Ijuí, Santa Cruz do Sul, onde a consciência pública da população mantém suas coletividades impecáveis e organizadas.
Sinto que temos de mudar de atitude, pois ao conversar com pessoas que vem morar em Santa Maria, elas confessam que se sentem desconfortáveis com a maneira como cuidamos da nossa cidade. É sim, de responsabilidade de cada morador, se empenhar pelo bem público, colaborando em tudo aquilo que estiver ao seu alcance. Temos de pensar de forma coletiva, e não só no interesse individual.
Para quem não se deu conta da zona de conforto em que caímos, basta caminhar pela cidade. Sempre irá se deparar com situações desagradáveis.
Não vamos tirar a responsabilidade maior, que é da Prefeitura e do Estado. Mas vamos assumir o compromisso de melhorar essa cidade que tanto amamos. Não adianta só nos orgulharmos de morar em Santa Maria; temos de torná-la cada vez mais prazerosa, bonita, estimulante e com uma forte e saudável vida comunitária. Afinal, somos ou não somos uma cidade cultura?
http://www.arazao.com.br/2014/02/cidadania-e-fazer-a-nossa-parte-e-nao-so-esperar-pelo-poder-publico/






415.100.000.000,00


Grande o número acima? Pois é, esse impressionante amontoado de zeros, após os valores iniciais, significa quatrocentos e quinze bilhões e cem milhões de reais. Tal cifra, corresponde a 10% do PIB brasileiro em 2011, é o que o país deixou de arrecadar naquele ano em razão da sonegação. As estimativas em relação a 2013 revelam, até 31 de julho, um montante sonegado da ordem de 240 bilhões de reais. E nós, eu, o senhor e a senhora, que pagamos, direta ou indiretamente, os impostos e não recebemos do Estado a adequada contrapartida pelo desembolso compulsório, sofremos o impacto da alta carga tributária brasileira e acabamos penalizados (o justo paga pelo pecador) em razão da safadeza dos sonegadores. Enquanto não se romper essa lamentável cadeia de falcatruas, com rigoroso e permanente combate à sonegação, continuaremos alimentando a elevada carga tributária e a concorrência desleal.

Estudos realizados pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional – SINPROFAZ assegura que, se conseguíssemos eliminar a sonegação, poderíamos manter a mesma arrecadação e deduzir em 30% a carga tributária. Convido meus distintos leitores a acessarem o endereço eletrônico www. sonegometro.com para acompanhar em tempo real o quanto o país deixa de arrecadar a cada dia. O “Sonegômetro” é uma ferramenta criada pelo SINPROFAZ com objetivo de conscientizar a sociedade brasileira da necessidade de rompermos o maldito círculo vicioso da sonegação e as autoridades públicas, da imprescindibilidade de estruturar os órgãos de fiscalização, cobrança e arrecadação, de sorte que os mesmos tenham condições de trabalho que permitam ações permanentes para acabar com a farra dos sonegadores.

Aliás, o SINPROFAZ realiza, desde 2009, a Campanha Nacional da Justiça Fiscal, que tem como objetivos fundamentais conscientizar o governo, a sociedade e o parlamento da necessidade de se fomentar o debate da educação fiscal, o combate à sonegação e a discussão de um novo modelo tributário para substituir o modelo atual, que onera em demasia os mais pobres e pouco incide sobre os mais ricos.

Cada um de nós pode colaborar para alterar esse estado de coisas, apenas mudando nosso comportamento diante de infrações que, por serem comuns e usuais, nos parecem insignificantes. Exemplos? A senhora exige sempre notas fiscais quando adquire produtos e serviços? O senhor exige recibos quando paga profissionais liberais? Não? Ao não exigirmos, pagamos pelos fornecedores de produtos e serviços, que se locupletam com nossa letargia e (alguns) fazem discursos raivosos contra governos, funcionários públicos (todos tachados de corruptos) e a carga tributária. No fundo, nos tiram para otários, nos chamam de babacas! E riem de nossa cara!


Antônio Cândido Ribeiro


Fonte: Texto retirado do jornal A razão - Segundo Caderno - 05/09/2013






ÉTICA E MORAL DESBANCAM "CINEMA-PIPOCA" NO OSCAR

Publicidade da France Presse, em Los Angeles

Os Oscar desenvolveram neste ano uma incomum consciência social com temas difíceis da vida real, que vão da ética nos grandes negócios e na mídia até as tensões raciais, todos na cartela central dos filmes que concorrem aos prêmios mais importantes.
As tensões raciais em uma cidade grande, o terrorismo no Oriente Médio, a liberdade de expressão e o espinhoso tema do respeito à homossexualidade completam uma lista séria de enfoques inspirados no mundo atual e sobre o qual terão que se pronunciarem os membros da Academia este ano.
"É incomum ter este número de filmes sérios em uma única safra do Oscar", disse à France Presse Marty Grove, colunista da edição on-line da publicação especializada "Hollywood Reporter". "Há alguns anos, um filme sério teria sido algo estranho, mas existe mais respeito, com o reconhecimento aos que os fizeram e mais aceitação dos filmes difíceis, tanto de ficção quanto documentários, por parte do público", reforçou.
Os cinco longas-metragens que disputam os prêmios de melhor filme e melhor direção este ano contam estas histórias que alguma vez Hollywood pensou serem sérias e obscuras demais para conquistar as massas, assim como em várias outras indicações deste ano predomina o real, o puro, o duro.
"Capote", um olhar no escritor americano Truman Capote durante a criação de seu livro, "A Sangue Frio", mostra de forma aguçada a ética jornalística, enquanto o filme do ator e diretor George Clooney, "Boa Noite e Boa Sorte" se concentra em como um âncora de um telejornal americano enfrenta o senador americano Joseph McCarthy, durante a repressão aos comunistas, em 1950.
O drama "Crash - No Limite", do canadense Paul Haggis, que está bem cotado para a noite de entrega dos prêmios, em 5 de março, com seis indicações, inclusive melhor filme, melhor direção, melhor roteiro original e melhor ator coadjuvante para Matt Dillon, conta a história de quatro pessoas de diferentes origens que se vêem forçadas a enfrentar seus preconceitos quando suas vidas colidem.
O filme do consagrado Steven Spielberg, "Munique", esboça o drama dos Jogos Olímpicos de 1972, quando um grupo terrorista palestino atacou a delegação de atletas isralenses na cidade alemã.
Enquanto isso, "O Segredo de Brokeback Mountain", indicado em oito categorias, conta o amor tortuoso, quase impossível, de dois vaqueiros que se apaixonam no conservador oeste americano.

Seriedade

A seriedade é o tom até mesmo fora das categorias principais. O thriller de Fernando Meirelles, "O Jardineiro Fiel", com quatro indicações, inclusive de melhor atriz coadjuvante para a britânica Rachel Weisz, e de melhor roteiro adaptado, revela as estratégias impiedosas de uma multinacional farmacêutica para provar suas fórmulas na África.
O mesmo acontece com "Syriana - A Indústria do Petróleo", que propõe uma reflexão sobre as políticas da indústria petroleira americana no Oriente Médio, e chega à competição com duas indicações, entre elas a de melhor ator coadjuvante para George Clooney.
"Todos estes filmes refletem as preocupações que os cineastas têm por nossa sociedade", disse Grove. "Depois do 11 de Setembro, o mundo está preocupado com temas que enfrentamos, como a moralidade na mídia e na política ou nas corporações multinacionais. Tudo isto tem servido de isca para proveito dos cineastas", afirmou.
A guerra que os Estados Unidos lideram no Iraque, além da série de escândalos financeiros e da suspeita incapacidade da mídia de desempenhar um papel contra o poder chegaram aos cinemas para exercitar as mentalidades dos espectadores, explicou por sua vez o professor Leo Braudy, especialista em cultura popular da Universidade da Califórnia do Sul.
"Tenho a tendência a ver (este fenômeno) como o lado escuro do James Bond, os filmes nos quais os heróis vencem um único inimigo megalomaníaco", explicou. "Atualmente, o modelo de James Bond é fácil demais. A vida não é mais tão simples", afirmou o professor, apoiando-se no exemplo de "Syriana", que mostra as complicações de um mundo globalizado com visões múltiplas.
Na competição dos filmes que marcam distância com os típicos filmes de Hollywood, com exceção de "Memórias de uma Gueixa", que recebeu seis indicações, o cinema-pipoca perdeu seu lugar. "Em uma época como a nossa, é lógico ver obras dedicadas às preocupações, mas os filmes continuam sendo divertidos e isto é realmente um feito", destacou Groove.

FONTE: http://www.folha.uol.com.br/  -  Quarta-feira, 07 de julho de 2010







FONTE: REVISTA VEJA - 3 FEV 2010



BULLYING: COMO RECONHECER AGREDIDO E AGRESSOR?

Por Içami Tiba

Bullying é uma ação abusiva de uma pessoa mais forte para uma mais fraca que não se defende, escondido dos adultos ou pessoas que possam defendê-la.

Esta ação abusiva do bullying é caracterizada por agressão e violência física, constrangimento psicológico, preconceito social, assédios, ofensas, covardia, roubo, danificação dos pertences, intimidação, discriminação, exclusão, ridicularização, perseguição implacável, enfim: tudo o que possa prejudicar, lesar, menosprezar uma pessoa que se torna impotente para reagir e não revela a ninguém para não piorar a situação.

O agressor é ou está mais forte no momento do bullying, tanto física e psíquica quanto socialmente. Sua vítima, que é ou se encontra impotente para reagir sozinha, precisa de ajuda de terceiros. Além disso, o agressor usa de sua extroversão, da facilidade de expressão, da falta de caráter e ética, de fazer o que quer ignorando a transgressão ou contravenção e abusa do poder de manipulação de outras pessoas a seu favor. O agressor se vale das frágeis condições de reação da vítima e ainda o ameaça de fazer o pior caso ele conte para alguém. Assim, a vítima fica sem saída: se calar, o bullying continua, se tentar reagir, a agressão pode piorar. O número de agressores é geralmente menor que o das vítimas, pois cada agressor produz muitas vítimas.

A vítima é geralmente tímida, frágil e se apequena diante do agressor. Ela tem poucos amigos e os que têm são também intimidados e ameaçados de serem os próximos a sofrerem o bullying, apresenta alguma diferença física, psicológica, cultural, racial, comportamental e/ou algo inábil (destreza, competência etc.).

Mesmo que a vítima não fale, seu comportamento demonstra sofrimento através da perda de ânimo e vontade de ir para a escola (se o bullying lá ocorreu), da simulação de doenças, das faltas às aulas, dos abandonos escolares, da queda do rendimento escolar, do retraimento em casa e na sala de aula, da recusa de ir ao pátio no recreio, de hematomas ou outros ferimentos, da falta ou danificação do seu material pessoal e escolar etc.

Os futuros de todos se comprometem se o bullying não for combatido assim que descoberto. Os agressores, que já vinham em geral de famílias desestruturadas, tendem a manter na sociedade o comportamento anti-social desenvolvidos na escola, tornando-se contraventores e prejudiciais à sociedade. Os agredidos levam suas marcas dentro de si prejudicando seu futuro com uma desvalia e auto-estima baixos, alguns tornam-se revoltados e agressivos, vingando-se ao cometer crimes sobre inocentes da sociedade e até mesmo tornando-se contraventores.

Tanto a escola quanto os pais têm de ficar atentos às mudanças de comportamentos das crianças e dos jovens. Não se muda sem motivo, tudo tem uma razão de ser. Nenhum adulto pode instigar a vítima a reagir sozinho. Se ela pudesse já o teria feito. Foi por autoproteção que ela nada fez nem contou a ninguém.

Para o trabalho de prevenção e atendimento ao bullying sugiro quatro frentes:

• Com as testemunhas: estimular a delação saudável, explicando que o silencioso é conivente e cúmplice do agressor. Garantir proteção e sigilo às testemunhas, que permanecerão no anonimato, aceitando seus telefonemas, e-mails, MSN, bilhetes ou pessoalmente as indicações dos agressores.

• Com as vítimas, mantendo-as sob vigilância “secreta” sob a atenção de todos os adultos da escola e adolescentes voluntários neste ato de civilidade no combate ao bullying. É perda de tempo esperar que as vítimas venham a reclamar dos seus agressores. É também uma conivência e cumplicidade com o agressor.

• Com os agressores, é necessário aplicar o princípio das conseqüências que são medidas tomadas pelas autoridades educacionais que favoreçam a educação. O simples castigo não educa. O agressor identificado deve fazer trabalhos comunitários dentro da escola, como auxiliar em algum setor que tenha que atender às necessidades das pessoas. Pode ser numa biblioteca, na cantina da escola, enfermaria ou setor equivalente etc. No lugar de agredir a vítima, ele deverá cuidar dela. Quem queima mendigos deve trabalhar com queimados, fazendo-lhes curativos e não ir simplesmente para a cadeia. Isso deve ser feito durante o recreio ou intervalo, usando o uniforme usual do setor.

• Integração entre escola e pais, tanto do agressor quanto da vítima: quanto mais se conhece as pessoas, mais elas se envolvem e menos coragem têm para fazer mal umas às outras. Mudanças destes alunos para outras escolas não são indicadas. Todos aprenderão na correção dos erros praticados e não através dos erros cometidos.

FONTE:   http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/




PAIS OCUPADOS, FILHOS DISTANTES

Por Içami Tiba

Vivemos um paradoxo inesperado. Trabalhamos tanto e conseguimos avanços tecnológicos incríveis para termos melhor qualidade de vida e tempo, mas temos menos tempo para nos dedicar à família. Muitos pais ocupados sofrem na pele com seus filhos adultos, jovens, adolescentes, ou crianças o não ter compartilhado da vida deles. Várias pesquisas entre os homens de sucesso mostram a distância que existe entre o que vivem e o que gostariam de viver com os seus filhos.
Entretanto, há pais que, mesmo tão ocupados nos seus negócios, seus filhos não lhes são tão distantes nem tão dependentes, como a maioria dos seus colegas e amigos são. Qual o segredo destes pais? São pais de Alta Competência. São pais dedicados também à família, não só aos seus negócios. Uma dedicação que vem de sua disposição interna e disponibilidade externa por terem colocado a educação dos filhos como prioridade.
A maioria coloca os negócios como prioridade em detrimento dos filhos. Assim negligenciam a vida, pois o viver é mais importante do que o negócio. O negócio foi criado e desenvolvido pelas mentes brilhantes dos humanos para melhorar a sobrevivência e assegurar a perpetuação da espécie.
Os pais de Alta Performance sabem da importância dos negócios, mas não são assimilados por eles: eles os assimilam para melhorar suas vidas e a dos outros. Quem vive para os negócios não é dono de si mesmo, mas sim escravo deles. E quando mais precisam da vida é que estes escravos dos negócios se dão conta do quanto deixaram de viver em suas famílias. Um infarto no estrangeiro, um acidente numa estrada longínqua, ou mesmo um filho envolvido com drogas ou uma gravidez precoce faz qualquer profissional rever sua vida.
Bons pais têm a noção da sustentabilidade de suas vidas. Escrever um livro, plantar uma árvore, ter um filho são nada mais do que nossas vidas continuarem mesmo depois de nossas mortes.
Os avanços tecnológicos trouxeram também o consumismo, o estresse, a falta de tempo... Falta de tempo? Acredito que nem tanto. Vivemos é em um mundo diferente. Temos tudo para poupar tempo. Revivemos amizades a um simples toque de teclado adentrando no mundo virtual. Encontramos tantos amigos num dia só que no passado levaríamos “séculos” para encontrá-los pessoalmente.
Os pais que dizem não ter tempo para os filhos estão vivendo a contradição de querer encontrar o tempo passado como seus pais e ancestrais faziam (sentarem juntos, jogarem papo fora, brincarem com ou lerem para os seus filhos etc). Cada pai pode falar com seus filhos no momento que quiser via celular, Orkut, Skype, MSN, torpedos, Twitter etc. Estes todos são instrumentos são do tempo presente para contatar as pessoas e não o contrário.
Pais de Alta Performance acompanham não só passo a passo seus negócios como também o caminhar e o desenvolver dos filhos na escola e dentro de casa. Basta um clicar e ele tem ao seu alcance as notas que não o surpreenderão no final do ano. Uma exigência e os filhos enviam mensagens pelo twitter resumindo a essência de cada aula que tiveram no dia, usando as suas próprias palavras. Para construir estas mensagens, o filho terá de transformar as informações recebidas do professor em conhecimento. Serve de resumo para as provas mensais.
Seu filho está preocupado ou sofrendo? Envie-lhe um torpedo perguntando como está e exija resposta mais longa do que um “tudo bem”, para agendar um encontro, quem sabe numa lanchonete, para almoçarem juntos e compartilharem este momento que pode ser o ponto de virada entre o bom e o mal resultado...
Afinal, são os filhos que vão nos sustentar na velhice, nas doenças da longevidade, além de perpetuar o nosso DNA pelo mundo afora.

FONTE:  http://educacao.uol.com.br/colunas/icami_tiba/





Pesquise!